MESOPOTÂMIA
A mesopotâmia foi uma das principais regiões do mundo em que ocorreu a passagem
da sociedade comunitária (sem classes) para a sociedade dividida em ricos e
pobres, exploradores e explorados. Assim, o nascimento da civilização na
Mesopotâmia marcaria, também, o início da desigualdade e da exploração social
entre os homens.
O clima árido e as condições do solo mesopotâmico reclamavam a construção de
canais de irrigação e outras grandes obras coletivas necessárias à agricultura.
Para a construção dessas grandes obras hidráulicas, era necessário uma
administração estatal centralizada, que conduzisse o esforço coletivo.
Surgiram, assim, os chamados Governos Teocráticos de Regadio.
A princípio não existia a propriedade privada da terra, e os camponeses dela
usufruíam trabalhando como membros da comunidade aldeã. Posteriormente, a terra
tornou-se propriedade nominal de governante, um rei divinizado que
personificava os interesses da comunidade.
O poder do Estado servia, portando, para melhor conduzir a produção e dirigir a
realização das grandes obras de interesse comum, ultrapassando a iniciativa
individual. Com o tempo, entretanto, a minoria que detinha o poder estatal, além
de prestar serviços à comunidade, passou a explorá-la, aumentando seus
privilégios de elite dirigente, dando origem ao modo de produção asiático.
SUMÉRIO
Os sumérios (3500 – 2550 a.C.) são considerados criadores da primeira
civilização da Mesopotâmia.
Na parte sul da Mesopotâmia, os sumérios fundaram importantes cidades, com
governos independentes. Entre elas destacam-se: Ur, Uruk, Eridu, Nippur, Lagsh,
Abad e Zabalam. A população média das cidades sumerianas era de 10 mil a 50 mil
habitantes, sendo que Ur chegou a atingir mais de 200 mil habitantes.
O templo era centro político, religioso e econômico da cidade. O chefe do tempo
e da cidade chamava-se patesi (vigário de Deus), sendo a autoridade absoluta
nos campos políticos, religioso e militar. Governava auxiliado por uma casta
aristocrática de sacerdotes e altos funcionários.
ASSÍRIOS
Assíria é uma palavra derivada de assur, que significa lugar de passagem. Era
uma região do norte da Mesopotâmia utilizada como passagem natural entre a Ásia
e o Mediterrâneo. Sendo lugar de fácil acesso, a Assíria sofreu o ataque de
muitos invasores. Foi talvez esse perigo constante de invasões que despertou no
povo assírio um feroz espírito guerreiro.
Os assírios organizaram um dos primeiros exércitos permanentes do mundo.
Comandados por reis como Sargão II, Senequerib e Assubanipal, os assírios
fizeram grandes conquistas militares e construíram um dos maiores impérios da
Antiguidade. Do século VIII ao século VI a.C., dominaram uma extensa região que
incluía toda a Mesopotâmia, o Egito e a Síria.
O exército assírio foi um dos mais poderosos da sua época: a infantaria
era equipada de lanças, escudos e espadas de ferro, e a cavalaria, de carros de
combate com rodas reforçadas, puxados a cavalo.
Além de avançada técnica militar, os assírios eram guerreiros extremamente
cruéis. Não se contentavam com a simples vitórias. Massacravam e torturavam
terrivelmente os vencidos. Incendiavam e destruíram as cidades conquistadas.
Na medida de suas possibilidades, os povos submetidos procuravam se libertar
desse terror. Isso provocou uma série de revoltas que, aos poucos, foi
enfraquecendo o Império Assírio.
Por volta de 612 a.C., os caldeus aliaram-se aos medos e conseguiram destruir
as principais cidades assírias, entre elas Assur, Jarrán e a capital Nínive. O
fim do Império Assírio foi comemorado com entusiasmo pelos povos que sofreram a
brutalidade de sua dominação.
EUFRATES
Rio Eufrates (nome tradicional, em aramaico Frot/Frat, Persa antigo Ufrat, em
árabe em turco Fırat) é um dos rios que forma a Mesopotâmia juntamente com o
Rio Tigre, onde hoje se encontra o atual Iraque.
O rio é formado pela união de dois afluentes: o Kara (Eufrates Ocidental), que
nasce nas montanhas orientais da Turquia ao norte de Erzerum e o Murat (Eufrates
Oriental), que se origina no lago Van. O rio tem aproximadamente 2.780 km de
extensão e sua porção superior escoa por entre canyons e gargantas para o
sudoeste através da Síria e depois do Iraque.
Os rios Khabur e Balikh, que se originam também na Turquia, se juntam ao rio
Eufrates na porção oriental da Síria. Após isso, ao longo de todo o seu curso,
o rio Eufratres não recebe mais contribuições de outros corpos d´água. Abaixo
de Bassora no Sul do Iraque o rio se une ao rio Tigre para formar o rio Shatt al-Arab,
que vai desaguar no Golfo Pérsico.
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