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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

     A gravidez na adolescência é um fenômeno universal e tem história desde os tempos primitivos, quando se iniciava a vida sexual após a menarca (primeira menstruação) com intuito de preservação da espécie, já que o tempo de vida era muito curto. No Brasil tem ocorrido um significativo aumento da fecundidade no grupo de 15 a 19 anos. Esse fenômeno tem maior incidência em algumas regiões, principalmente as mais pobres e de baixa escolaridade. Em 2000, foram registrados 127.740 internações por aborto no SUS, sendo 59% de jovens na faixa etária dos 20 aos 24 anos, 39% de adolescentes entre 15 e 19 anos e 2,5% de adolescentes na faixa dos 10 aos 14 anos. Os dados referem-se a abortos induzidos, retidos, não especificados, espontâneos e legais. (SHI-SUS/Datasus/MS, 2000). 
     A gravidez na adolescência é um dos maiores problemas de Saúde pública de alguns países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Dentre as necessidades essenciais do ser humano, o sexo é vivenciado por curiosidade, pressão do grupo e para suprir outras necessidades físicas e psíquicas. A falta de projeto de vida e de estímulo faz com que os adolescentes, às vezes, busquem o sexo como forma de colorir a vida. A carência afetiva leva os adolescentes a afirmarem-se mediante relações sexuais superficiais, nas quais prevalecem apenas o contato físico, resultando em gravidez inoportuna. 

Causas de gravidez na adolescência 
     A menarca precoce ocorre num momento de grande imaturidade psicossocial, tornando a jovem mais suscetível ao início do exercício da sexualidade. A iniciação sexual pode acontecer como uma forma de satisfação à curiosidade natural, como meio de expressão de amor e confiança, mas também pode estar relacionada à solidão, carência afetiva e necessidade de auto-afirmação. Os meios de comunicação estimulam o erotismo precocemente, valorizam o sexo, transmitindo mensagens equivocadas e distorcidas. 
     A mídia desvincula o sexo da gravidez, assim como a gravidez das suas conseqüências. As probabilidades de gravidez inoportuna serão maiores quanto menor for a idade da adolescente. Quanto menores o acesso às informações sobre prevenção e anticoncepção e a possibilidade financeira de adquirir o contraceptivo, maior a chance de gravidez. As adolescentes com piores condições socioeconômicas são as que mais levam adiante a gravidez, talvez por ter a maternidade como única expectativa alcançável, repetindo o modelo o modelo da mãe e da avó que tiveram filhos ainda adolescentes. 
     A desinformação com relação à contracepção retarda o início do uso de contraceptivo em torno de um ano após o início da atividade sexual, e mesmo quando usado, se faz de forma inadequada. O desconhecimento das funções corporais quanto à capacidade reprodutiva contribui para que ocorra atividade sexual desprotegida e despreocupada. Tanto para a moça quanto para o rapaz, a gravidez precoce é um fenômeno desestabilizador. 
     A maternidade e a paternidade são funções para as quais estão muito imaturos, e isso constitui um grande desafio. Essas funções implicam condições emocionais, físicas e econômicas para as quais não estão preparados, sendo angustiante a perspectiva de que suas vidas serão modificadas por completo. Um filho modifica a rotina de vida, o que poderá ocasionar abandono escolar, dificuldade para arrumar emprego, possibilidade de segunda gravidez, probabilidade de não estar mais com o companheiro no primeiro ano de vida após o parto, perda dos sonhos, tornando-se mãe/filho.

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

     É importante estar alerta e conhecer as chamadas doenças sexualmente transmissíveis (DST), que, como o próprio nome diz, podem ser adquiridas durante o ato sexual. Qualquer pessoa com vida sexual ativa, e que estiver desinformada a respeito das formas de contágio dessas doenças, pode desenvolver uma DST. Essas doenças são também chamadas de doenças venéreas. São elas: 

Gonorréia 
     Provocada por uma bactéria, é também conhecida como “pingadeira” ou “esquentamento”. Apresenta como sintomas (de dois a cinco dias após a relação sexual com indivíduo infectado) dor ao urinar e intenso corrimento amarelado do pênis ou vagina; prurido no ânus, que pode também apresentar secreção; dor de garganta (em caso de contágio por sexo oral). Nas mulheres, também podem ocorrer febres ou “calafrios” e dores no abdome e/ou nas articulações (joelhos, pulsos etc.). 
     Cerca de 60% das mulheres e 15% dos homens infectados não apresentam os sintomas descritos. Caso não seja tratada, a gonorréia pode causar inflamações na próstata, nos testículos e nas tubas uterinas, e até provocar esterilidade. Em caso de gravidez, o bebê infectado pode apresentar lesão nos olhos (córneas). 

Sífilis  
     Causada por uma bactéria, é uma doença venérea que apresenta três fases. Na primeira fase (cerca de duas semanas após a infecção), surgem feridas indolores e de bordas endurecidas, chamadas de cancro duro, na vagina ou no pênis, ou próximas a eles. Essa ferida então desaparece, dando a impressão de cura. Neste momento inicia-se a segunda fase (cerca de duas a seis semanas após a infecção), que consta do surgimento de manchas avermelhadas por todo o corpo, acompanhadas de mal-estar, febre, ínguas e até perda de cabelos. Se a pessoa não receber o tratamento adequado, passa então para a terceira fase da doença, na qual os sintomas não aparecem muito. A infecção persiste e pode causar danos sérios (ao coração, ao cérebro e outros órgãos), ou até mesmo a morte. A gestante pode infectar o feto com sífilis, provocando sérios problemas de saúde no bebê. 

Clamidiose  
     Causada por bactéria transmitida através da relação sexual com indivíduo contaminado. Provoca ardor ao urinar e produz uma secreção no pênis ou na vagina. Nas mulheres, pode ocorrer a ausência de sintomas até que a doença atinja um estágio mais avançado. Caso não seja tratada a clamidiose pode provocar, nas mulheres, a doença inflamatório pélvica, que por lesar as tubas uterinas pode causar esterilidade. Também provoca lesões oculares (tracoma), caso não seja adequadamente diagnosticada. 

Verruga Genital ou Condiloma 
     Popularmente conhecida como “crista de galo”, é provocada por um vírus transmitido através de relação sexual com indivíduo contaminado. Trata-se da formação de verrugas ou protuberâncias carnudas na região genital (pênis, vagina ou ânus). Nas mulheres também pode se desenvolver no colo do útero, local em que, se não tratada, após algum tempo transforma-se em câncer. 

Herpes Genital 
     Causada por um vírus, provoca coceiras, formigamento e/ou dores na vulva, pênis ou testículos. Em seguida, aparecem pequenas bolhas d`água dolorida na região genital, que estouram sozinhas, sem tratamento. Simultaneamente ao aparecimento dessa bolhas podem ocorrer dores ao urinar e alguns sintomas característicos de gripe (dor de cabeça, dor nas costas, febre). É uma doença que não tem cura. O vírus permanece no organismo, e se manifesta de tempos em tempos, por recidivas (recaídas). 

Tricomoníase ou Vulvovaginite 
     Causada por um protozoário que ataca a vagina e a uretra, provocando, na mulher, o aparecimento de um corrimento vaginal de cheiro forte (que pode ser amarelo ou esverdeado), acompanhado de coceira e dor na área vaginal. Os homens podem não apresentar nenhum sintoma e, assim não tomarem conhecimento da infecção. 

Hepatite B 
     Causada por um vírus, transmitido de uma pessoa a outra através de líquidos corporais infectados. Geralmente, os indivíduos contaminados não apresentam nenhum sintoma. Algumas pessoas sentem-se como se estivessem com gripe, com tosse e dor de garganta. Pode-se adquirir icterícia, que deixa a pele e o branco dos olhos amarelados, causando também dores no abdome. As fezes diminuem e tornam-se acinzentadas e a urina fica marrom. O tratamento da Hepatite B exige muito repouso e alimentação saudável. O retorno do corpo ao normal é gradual, embora a transmissão da doença perdure ainda por alguns anos. A infecção, se não tratada, pode provocar lesões irreversíveis no fígado e, a longo prazo, até mesmo a morte. Existe uma vacina contra a Hepatite B, geralmente aplicada a grupos de risco (parceiros sexuais de pessoas infectadas, profissionais de saúde e viajantes que vão a determinados países). 

AIDS 
     Aids é a sigla para a doença conhecida como “Síndrome de Imunodeficiência Adquirida”. Trata-se de uma doença causada por um vírus, o HIV, que ataca células do sistema de defesa do organismo humano, chamadas de leucócitos. Cuidado com a Aids!!! 
_ Utilize somente seringas e agulhas descartáveis. 
_ Não compartilhe seringas com outras pessoas. 
_ Faça sexo somente com uso de camisinha (preservativos). 
_ Não tenha contato íntimo com feridas expostas de pessoas portadores do vírus da AIDS. 
_ Não aceite transfusão em banco de sangue que não ofereçam garantias contra contaminação. Existem cuidados que se podem tomar: 
_ Evitar ter vários parceiros. _ Sempre usar camisinha durante o ato sexual com pessoas desconhecidas. 
_ Lavar os órgãos genitais com água e sabonete antes e depois dos contatos sexuais.

Oportunidade

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