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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O QUE É LINGUAGEM?

O que é a linguagem?
     A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para a comunicação entre pessoas e para a expressão de ideias, valores e sentimentos. Embora tão simples, essa definição da linguagem esconde problemas complicados com os quais os filósofos têm-se ocupado desde há muito tempo. Essa definição afirma que:
1 – a linguagem é um sistema, isto é, uma totalidade estruturada, com princípios e leis próprios, sistema esse que pode ser conhecido;
2 – a linguagem é um sistema de sinais ou de signos, isto é, os elementos que formam a totalidade linguística são um tipo especial de objetos, os signos, ou objetos que indicam outros, designam outros ou representam outros. Por exemplo, a fumaça é um signo ou sinal de fogo, a cicatriz é signo ou sinal de ferida. No caso da linguagem, os signos são palavras e os componentes das palavra (sons ou letras);
3 – a linguagem indica coisas, isto é, os signos linguísticos (as palavras) possuem uma função indicativa ou denotativa, pois como que apontam para as coisas que significam;
4 – a linguagem tem uma função comunicativa, isto é, por meio das palavras entramos em relação com os outros, dialogamos, argumentamos, persuadimos, relatamos, discutimos, amamos e odiamos, ensinamos e aprendemos, etc;
5 – a linguagem exprime pensamentos, sentimentos e valores, isto é, possui uma função de conhecimento e de expressão, sendo neste caso conotativa, ou seja, uma mesma palavra pode exprimir sentidos ou significados diferentes, dependendo do sujeito que a emprega, do sujeito que a ouve e lê, das condições ou circunstâncias em que foi empregada ou do contexto em que é usada. Assim, a palavra água, se for usada por um professor numa aula de química, conotará o elemento químico que corresponde à fórmula H2O; se for empregada por um poeta, pode conotar rios, chuvas, lágrimas, mar, líquido, pureza, etc; se for empregada por uma criança que chora, pode estar indicando uma carência ou necessidade como a sede.
     A definição nos diz, portanto, que a linguagem é um sistema de sinais com função indicativa, comunicativa, expressiva e conotativa.


sábado, 7 de agosto de 2010

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

     Vimos que a palavra se compõe de duas partes inseparáveis: o significante (forma) e o significado (a idéia ou conteúdo). Vamos ver agora como um mesmo significante pode ter mais de um significado, dependendo do contexto, ou seja, da situação em que é usado.
     Observe estes exemplos:
1 – O gato subiu no telhado para fugir do cachorro.
2 – Aquele rapaz encostado na moto é um gato. O significante gato foi usado com dois significados diferentes: na primeira frase, trata-se de um animal mamífero, quadrúpede, felino; já na segunda, tem o sentido de rapaz bonito, atraente, simpático.
     Esses exemplos nos mostram que a linguagem oferece a possibilidade de usarmos uma mesma palavra em seu sentido próprio ou em um sentido figurado. No exemplo 1, foi usado o sentido próprio da palavra gato e, no exemplo 2, seu sentido figurado.
     Quando a palavra é empregada no sentido usual, próprio, não-figurado, de tal modo que tenha o mesmo significado para todos os membros de uma comunidade, dizemos que ela tem um sentido denotativo ou referencial. A linguagem do historiador, do cientista, do jornalista, por exemplo, é denotativa, pois é unívoca, ou seja, só permite uma forma de interpretação; as palavras usadas têm uma significação exata e limitada. O principal objetivo do emissor é da informações precisas sobre a realidade. O mesmo não acontece quando a palavra sugere ou evoca, por associação, outras idéias, às vezes de conteúdo afetivo ou emocional. Neste caso, dizemos que ela foi usada com valor conotativo.
     A linguagem do poeta, por exemplo, ao traduzir as emoções e sentimentos humanos, caracteriza-se por ser basicamente conotativa. Este tipo de linguagem é polivalente, ou seja, permite que se faça mais de uma interpretação de sua mensagem. Nela, as palavras podem ter vários significados, visto que se trata de um texto mais emocional do que racional.
     Observe alguns exemplos.
“Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada. Rugas, dentes, calva... Uma aceitação maior de tudo, e o medo de novas descobertas.” (Carlos Drummond de Andrade)
     Neste trecho, a palavra mão foi usada em sentido figurado, pois representa os efeitos causados pelo tempo. A palavra foi usada, portanto, em sentido conotativo.

“Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, undindo-se.” (Machado de Assis)
     No trecho acima a palavra mão foi usada com outro sentido, diferente daquele do exemplo anterior. Foi usada em seu sentido próprio, denotativo.

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