Existem três etnias indígenas no Paraná: Kaingang, Guarani e Xetá.
A realidade indígena foi marcada pela violência, destruição, expulsão de suas terras, extermínio do seu povo, cultura e desagregação de sua família.
Os índios foram expulsos de suas terras e muitos acabaram perdendo sua própria identidade como no caso os índios Xetás, que vivem nas diversas cidades desprovidas de suas terras e culturas, sobrevivem hoje como soldado militar, enfermeiro, empregada doméstica, bóia-fria e dona de casa. Alguns se casaram, formando família grande e hoje já são avós. Em Umuarama vive uma índia xetá, chamada Tiguá: em sua língua significa menina criança e na língua do homem branco ela se chama Maria Rosa do Brasil. Outros índios xetás estão espalhados pelo Estado do Paraná, como na reserva de São Jerônimo da Serra na região de Guarapuava.
Atualmente os índios Xetás remanescentes estão organizando-se para reivindicar seus direitos usurpados.
O governo do Paraná formou um grupo de estudo e de ação para a demonstração e devolução de uma parte da terra Xetá aos seus legítimos donos.
Os Kaingang também se encontram disseminados pelo Paraná, falam a língua do tronco JÊ, e representam hoje a terceira etnia indígena em população no país,
Os guaranis se encontram mais às margens do Rio Paraná. E ainda mantêm hábitos imemoriais. Fala a língua Tupi e forma atualmente a maior etnia em população do país. Hoje são 21 reservas, ocupadas por aproximadamente 9.000 índios segundo dados do IBGE.
Dentre elas, Palmas, Mangueirinha, Rio das Cobras, Ocoy, Marrecas, Ivaí, Rio D`Areia, Faxinal, Queimadas, Mococa, Apucaraninha, Barão Antonina, São Jerônimo da Serra, Laranjinha, Pinhalzinho, Ilha da Cantiga, Guaraqueçaba, Tehoho e outras.
A língua dos índios Xetás desapareceu junto com seu povo. Já o Kaingang e o Tupi Guarani passou a ser sistematizado nos anos setenta, e na década de 80 os índios do Paraná receberam instrumentos para traduzir suas lendas, histórias e cultura em sua própria língua.
Destas etnias, tiramos muitas informações, o caminho a percorrer, a extração do alimento, as ervas medicinais e os artesanatos. Desses povos herdamos nomes que hoje, caracterizam cidades ruas, rios e pessoas.
Hoje os índios do Paraná lutam para resgatar seus costumes, serem respeitados e valorizados, tentando preservar os seus jovens da descaracterização de sua cultura. A maioria vive da agricultura e venda dos artesanatos. E sonham com uma vida digna como todos os brasileiros.
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