quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

QUINHENTISMO

     O Classicismo português, que se desenvolve a partir do século XVI, com a vinda de Sá de Miranda da Itália (1527), é também chamado de Quinhentismo. Nesse período, porém, ainda não existia no Brasil nenhuma produção literária característica, pois, apesar de sua descoberta em 1500, em pleno Renascimento, a terra não foi explorada de imediato pelos portugueses. 
     No século XVI, na Europa, havia basicamente duas preocupações: 
_ o lucro decorrente da exploração das novas terras recém-descobertas; 
_ o movimento de reconquista espiritual da Contra-Reforma, na tentativa de a Igreja recuperar seus adeptos convertidos ao protestantismo. 
     Essas duas preocupações fizeram com que o início da literatura no Brasil atendesse ao aspecto informativo, levando a Portugal a boa notícia das riquezas da terra, e ao aspecto doutrinário, através dos textos produzidos pelos jesuítas com o objetivo de catequizar os índios e, com isso, aumentar o número de fiéis ao catolicismo. 

Textos de informação 
     Algum tempo depois do descobrimento do Brasil, Portugal começou a tomar interesse pela nova terra, mandando para cá expedições colonizadoras. Cabia a essas expedições da informes de tudo o que aqui houvesse. Viajantes e missionários europeus, que aqui estiveram, preocuparam-se não só em registrar acontecimentos, mas também dar informações sobre a fauna e a flora da terra descoberta e sobre os nativos.
     Esses relatos, embora não sejam propriamente literários, tem um valor inestimável como documentação, como testemunhos dos primeiros tempos do Brasil-colônia. O primeiro autor da chamada literatura dos viajantes foi Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de Cabral. Ele foi o autor da carta escrita no dia 1º de maio de 1500, endereçada ao rei D. Manuel. Nessa carta, ele faz um relato detalhado do que viu na então chamada Ilha de Vera Cruz. Esse documento permaneceu inédito até 1817. 
 
Literatura jesuítica 
     Com a chegada dos primeiros colonizadores vieram também os jesuítas, que eram encarregados da catequese dos gentios. Consideram-se como informativa dos jesuítas as obras dos padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta. Nóbrega relata os acontecimentos relativos à sua chegada ao Brasil. Seus escritos têm um inestimável valor como documento psicológico e histórico.


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