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quarta-feira, 9 de março de 2011

CLASSICISMO


Panorama histórico

O Humanismo definiu-se no século XIV, na Itália. Os humanistas, interessados por tudo o que o mundo pudesse construir em matéria de cultura, passaram a defender a restauração do mundo clássico, esquecido e ignorado durante o período da Idade Média. Dessa campanha dos humanistas surge, na Itália, o movimento renascentista.
Na segunda metade do século XV, o Renascimento começa a expandir-se aos demais países europeus. Em cada país, esse movimento vai adquirindo aspectos diferentes. Apesar dessa diversidade, o movimento conserva uma característica comum: o rompimento com a principal marca do feudalismo: o teocentrismo. Com a decadência do sistema feudal, os renascentistas passam a tomar interesse pelo ser humano e a valorizá-lo. O homem é considerado o centro do Universo, a sua principal figura (antropocentrismo).
Para os renascentistas, a natureza é tida como o reino do homem, o qual é capaz de dominar as coisas do mundo, aberto às pesquisas e investigações científicas. O Classicismo, como movimento literário, resulta do Renascimento. Ele foi elaborado durante o período áureo da Renascença na Itália.
Para bem entendermos essa época literária, é importante o conhecimento de fatos que compõem o panorama histórico da Europa nesse período:
_ Transformação econômica: Com a invenção de instrumentos de navegação e o aprimoramento de outros, grandes navegações são empreendidas. Os portugueses e espanhóis obtêm muitas riquezas com suas descobertas. Com o enriquecimento dos povos conquistadores, o comércio sofre um considerável avanço.
_ Difusão dos conhecimentos: Em 1487, é introduzida em Portugal a imprensa, o que vem possibilitar a difusão de conhecimentos através dos livros. Esse fato contribui para o desenvolvimento das pesquisas e aumenta a curiosidade intelectual do homem que quer mais e mais investigar o desconhecido. Começam a ser lidos autores humanistas italianos, como Dante Alighieri, Petrarca e Boccacio.
Reagindo aos modelos cristãos da Idade Média, os artistas do Renascimento procuram retomar as formas da arte greco-romana. Passam a buscar inspiração na mitologia e não mais em cenas religiosas. Voltados para o paganismo, ou seja, para a negação da crença cristã, mostram a beleza do ser humano em sua plenitude e nudez. Tanto na pintura quanto na escultura e na arquitetura, todas as formas buscam o equilíbrio e a pureza, pois, para os antigos, só assim seria revelada a verdadeira Beleza.
Com o aparecimento de uma classe social voltada para o comércio e detentora de riquezas, surgem os mecenas (pessoas ricas que prestigiam as artes). Nenhum período da história da humanidade apresenta uma constelação tão importante de pintores, escultores e arquitetos (Bellini, Botticelli, Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci, Rafael e outros).
A crise religiosa A Igreja tem seu poder sensivelmente diminuído com o aparecimento de uma divisão religiosa, em 1517, na Alemanha. Este movimento, chamado de Reforma, foi liderado por Martinho Lutero, um monge alemão que discordava de vários aspectos da religião católica. Assim, Lutero abandona o catolicismo e funda uma nova religião, cujos seguidores são chamados de protestantes, por não seguirem os preceitos da Igreja Católica.
Percebendo que muitos de seus adeptos começavam a adotar o protestantismo, a Igreja tenta recuperar seu poder, iniciando uma reação denominada de Contra-Reforma. Através dela, tentava atrair de volta aqueles que a haviam abandonado, pressionando-os com a idéia do inferno e do pecado, que estariam contidos nos preceitos protestantes.


O antropocentrismo

O homem, “a medida de todas as coisas”, segundo Protágoras, volta-se para o exame de sua natureza e do mundo que o cerca, o que permitiu um grande avanço nas ciências. O heliocentrismo Até essa época, acreditava-se que a Terra era o centro do Universo, visão que era apoiada pela Igreja. Copérnico, porém, divulga a teoria de que o centro do Universo é o Sol, sendo perseguido por causa disso. A literatura No Classicismo vigora um conceito de literatura que tem raízes na Antiguidade greco-romana. A idéia de tomar os antigos como modelo veio com o Humanismo.


Caracteristicas do Classicismo


Imitação dos gregos e latinos

Ao redescobrirem os valores do ser humano, abafados pela Igreja durante a Idade Média, os artistas deste período voltam-se para a Antiguidade. O próprio nome desse estilo de época – Classicismo – tem sua origem no aprofundamento dos textos literários e filosóficos estudados nas escolas. Na Idade Média, esses textos eram reproduzidos nos conventos e difundidos entre os estudiosos, mas passavam por uma censura religiosa, que só mantinha os aspectos que não feriam a moral cristã.
Com o Renascimento, houve um retorno a esses textos, mas em sua versão original, completa. Foi da Arte Poética de Aristóteles que os artistas do Classicismo retiraram o conceito de imitação ou mímesis.
Segundo Aristóteles, a poesia devia imitar a perfeição da natureza ou da sociedade ideal, além de retomar idéias de outros poetas, reconhecidamente importantes por sua obra. Não se trata de copiar outros autores, e sim de assemelhar-se à sua obra. Petrarca comparava esta semelhança à que existe entre pai e filho: é inegável que se pareçam, mas o filho tem suas características próprias, que o individualizam. O mesmo aconteceria à obra literária: seria semelhante à de Virgílio, Horácio e outros autores da Antiguidade, usando o que eles tivessem de melhor, mas conservando seus traços próprios.


O universalismo

Para os clássicos, a obra de arte prende-se a uma realidade idealizada; uma concepção artística transcendente, baseada no Bem, no Belo, no Verdadeiro – valores passíveis de imitação. A função do artista é a de criar a realidade circundante naquilo que ela tem de universal.

O racionalismo

Os autores clássicos submetem suas emoções ao controle da razão. Ao abandonar o teocentrismo, o homem deste período afasta os temores da Idade Média e passa a crer em suas potencialidades, incluindo nelas a habilidade de raciocinar.
A cultura clássica é uma cultura da racionalidade. A perfeição formal Preocupados com o equilíbrio e a harmonia de seus textos, os autores clássicos adotam a chamada medida nova para os poemas: versos decassílabos e uso freqüente de sonetos (anteriormente, usava-se medida velha: redondilhas).

Elitismo

Os clássicos evitam a vulgaridade. O Classicismo tende à realização de uma arte de elite, o que reflete a organização social da época (a aristocracia era a classe dominante). A concepção clássica foi introduzida em Portugal por Sá de Miranda, ao regressar da Itália, onde conheceu novos conceitos de arte e novas formas poéticas. Uso da mitologia voltados para os valores da Antiguidade, os autores clássicos utilizam-se, com freqüência, de cenas mitológicas, as quais simbolizam com propriedade as emoções que o autor quer exteriorizar. Assim, a imagem do Cupido, por exemplo, simboliza o amor.


HUMANISMO


Panorama histórico

Com o surgimento da burguesia e o enfraquecimento do poder dos senhores feudais, inicia-se um período em que as relações comerciais se avolumam: o mercantilismo. O poder passa a centralizar-se nas mãos do Rei, que procura atender aos interesses da classe emergente, pois é ela quem concentra agora as riquezas. Assim se expandem as fronteiras comerciais, através das navegações ultramarinas e Portugal faz sua primeira conquista em 1415, tomando a região de Ceuta.
Em 1348, a peste negra dizima um terço da população portuguesa gerando, nos anos seguintes, uma considerável escassez de mão-de-obra para as pequenas indústrias artesanais que surgem. As relações sociais se alteram. Os nobres empobrecem e as pessoas de classes sociais menos favorecidas começam a enriquecer, através do comércio. A Igreja vai, aos poucos, perdendo seu poder, agravado pelo surgimento de uma divisão interna que leva à existência de dois papas, um na França e outro na Itália.
Com isso, o teocentrismo e a religiosidade, marcantes na Idade Média, começam a decrescer. O progresso, as navegações e o predomínio do poder econômico sobre o status da nobreza fazem com que o homem se descubra como senhor de sua própria vida e não como mero reflexo de Deus. Esta visão antropocêntrica (o homem como centro do universo) culmina com o aparecimento do Renascimento, na busca dos ideais clássicos como forma de recuperar a independência do espírito humano.


Panorama Cultural

O Humanismo foi um movimento cultural que se definiu na Itália, no século XIV, período de transição entre a Idade Média e o Renascimento. Petrarca foi um dos precursores do Humanismo (1304-1374). De certo modo, Petraca representa um traço de união entre a vida intelectual moderna e a Idade Média.
As produções do Humanismo revelam a passagem do teocentrismo para o antropocentrismo. As pinturas não têm mais como tema único as cenas religiosas, passando a retratar também aspectos da vida mundana. A produção diminui e verificam-se períodos de tendência medieval alternando-se com fases nitidamente humanistas.




Humanismo - Poesia e Teatro


A poesia do Humanismo português está reunida no Cancioneiro Geral, publicado em 1516. Essa coletânea deve-se ao poeta Garcia de Resende. Contém cerca de 1.000 poesias de vários autores. Diferenciando-se da poesia trovadoresca, a chamada poesia palaciana é feita para ser lida, e não mais cantada, como eram as cantigas medievais.
Além disso, apresenta uma visão menos idealista da mulher, visto que, sem a rígida divisão entre classes sociais na Idade Média, o amor torna-se possível entre pessoas de categorias sociais diferentes. Vejamos outras diferenças entre a poesia trovadoresca e a palaciana:

Poesia trovadoresca
_ a música é essencial para a expressão da poesia; os versos vêm com um acompanhamento musical.
_ a poesia expressa “grave e profundo sentimento”: de tristeza e saudosismo. _ a poesia é feita para ser cantada.
_ tema: o fingimento de amor e o amor-cortês – a vassalagem amorosa.
_ nem sempre a paixão se reveste de caráter pecaminoso, adúltero, mas o trovador consagra à sua dona um amor platônico, sem esperança, fingido, produto da imaginação.
_ rigidez de forma.
_ via de regra, o namorado é tímido; não ousa manifestar o seu amor.

Poesia palaciana
_ a música dissocia-se da palavra: há ausência de acompanhamento musical. A musicalidade é utilizada apenas como recurso de linguagem.
_ a poesia expressa “cousas de folgar e gentilezas”. (Garcia de Resende).
_ a poesia é feita para ser lida e declamada.
_ tema: amor-cortês, numa concepção diferente do Trovadorismo.
_ o amor platônico não é tão freqüente: os poetas palacianos são mais realistas.
_ maior artificialismo e opulência verbal na poesia palaciana.
_ são freqüentes as poesias de índole religiosa, especialmente as em louvor à Virgem Maria.
_ são muitas as formas usadas para o desenvolvimento dos mais variados temas.


Teatro

As representações teatrais sempre foram muito apreciadas nas cortes portuguesas. Nos palácios reais, os bobos e truões (atores cômicos) eram encarregados de distrair a nobreza, fazendo mímicas ou representando pequenas farsas, geralmente encerradas com um número musical. Além disso, eram freqüentes as dramatizações de caráter religioso, nas quais se representavam mistérios cristãos e cenas da vida dos santos. O objetivo dessas peças era instruir e ensinar preceitos morais à assistência.

Às vezes, essas representações eram ambulantes, com atores percorrendo as ruas das aldeias e cidades. Apesar disso, considera-se Gil Vicente o fundador do teatro português. Este autor soube aproveitar os elementos cênicos anteriores, de caráter profano ou religioso, dando-lhes forma dramática e utilizando seu estilo característico. Observador atento de seu tempo, Gil Vicente construiu uma verdadeira galeria de personagens típicos da época. Em suas peças, são comuns as figuras do fidalgo decadente, da moça que deseja se casar, da alcoviteira (espécie de agenciadora de casamentos), do padre pouco interessado nas coisas espirituais, etc.
Gil Vicente evidencia em sua obra o preconceito existente contra os judeus, por exemplo, vistos com desconfiança por representarem a burguesia em ascensão. A obra vicentina é um reflexo da sociedade portuguesa dos princípios do século XVI, com suas classes sociais, seus vícios, seus costumes religiosos e suas atividades culturais.



O Humanismo na Literatura Portuguesa



     O Humanismo português vai desde a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo, em 1434, até o retorno de Sá de Miranda da Itália, em 1527, quando começou a introduzir em Portugal a nova estética clássica.


     Torre do Tombo: arquivo do Reino, onde se guardavam os documentos oficiais. A Torre do Tombo foi destruída por um terremoto em 1755, mas o arquivo conservou sempre o mesmo nome.


     O termo Humanismo literário é usado comumente para designar o estudo das letras humanas em oposição à Teologia. Na Idade Média, predomina a concepção teocêntrica, em que tudo gira em torno dos valores religiosos. A partir do Humanismo desenvolve-se uma nova concepção de vida: os eruditos defendem a reforma total do homem; acentuam-se o valor do homem na terra, tudo o que possa tornar conhecido o ser humano; preocupam-se com o desenvolvimento da personalidade humana, das suas faculdades criadoras; têm como objetivo atualizar, dinamizar e dar uma nova vida aos estudos tradicionais; empenham-se em fazer a reforma educacional.


     Nesse período da história literária, são cada vez mais lidos e apreciados os autores gregos e latinos. A estética medieval – rude e grosseira – é substituída pela grego-latina – harmoniosa e culta. O latim passa a ser a língua de muitos humanistas, que se deixam tomar de grande entusiasmo pelo saber, pelas artes clássicas.
     A produção literária portuguesa desse período pode ser subdividida em:
_ Prosa: a) Crônicas de Fernão Lopes, b) Prosa doutrinária e c) Novela de cavalaria
_ Poesia: Poesia palaciana
_ Teatro: Obra de Gil Vicente


Prosa


     Conhecido como o “Pai da Historiografia portuguesa”, Fernão Lopes foi encarregado por D. Duarte de guardar os arquivos da Torre do Tombo, onde se achavam os principais documentos sobre Portugal. Incumbido de escrever relatos sobre os acontecimentos de diversos períodos históricos (as chamadas crônicas), Fernão Lopes destacou-se como um prosador dono de um estilo rico e movimentado. Não se limitando a tecer elogios a reis, como a outros cronistas da época; fez descrições detalhadas não só do ambiente da corte, mas também das aldeias, das festas populares e, principalmente, do papel do povo nas guerras e rebeliões.
     São de sua autoria:
_ A Crônica de El-Rei D. Pedro I: narrativa dos principais acontecimentos de seu reinado;
_ A Crônica de El-Rei D. Fernando: narrativa dos fatos que ocorreram desde o casamento de D. Fernando com Leonor Telles até o início da Revolução de Avis;
_ A Crônica de El-Rei D. João I: narrativa dos acontecimentos relativos a seu reinado (1385-1411), quando é assinado a paz com Castela.
     Fernão Lopes é reconhecido como historiador de inegável méritos e verdadeiro narrador-artista preocupado não apenas com a verdade do conteúdo de suas narrativas, mas também com a beleza da forma. É reconhecido também pela sua capacidade de observar e analisar personagens históricas.
     Fernão Lopes analisou com objetividade e justiça os documentos históricos: foi cauteloso em determinar a verdade histórica, ao confrontar textos e versões sobre um mesmo acontecimento.


Prosa Doutrinária


     Estas obras destinavam-se ao aprendizado de determinadas artes, muito em moda na época:
_ Livro da montaria;
_ Livro da falcoaria;
_ Leal conselheiro (um verdadeiro guia sobre sentimentos humanos).


Novela de Cavalaria


     Como já vimos no Trovadorismo, a novela de cavalaria relatava os feitos históricos de um corajoso cavaleiro, em alguma nobre missão. Neste período, é escrita a novela Amadis de Gaula, que conta a história do cavaleiro Amadis, apaixonado por Oriana, por que se lança em inúmeras aventuras.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

VIDA E OBRA DE GIL VICENTE

     Gil Vicente (1465? – 1536): poeta e dramaturgo português. De sua vida pouco se sabe. Foi famoso como ourives, atraindo com suas obras de ourivesaria a atenção da rainha Leonor que se tornou sua protetora.

     Gil Vicente encenou suas primeiras peça em 1502. Exerceu na corte a função de organizador das festas palacianas. Seu prestígio foi grande a ponto de sentir-se à vontade para criticar o clero. Em conseqüência, teve algumas de suas peças censuradas pela Inquisição, por serem consideradas ofensivas à Igreja.
     A obra de Gil Vicente apresenta dois aspectos: o religioso e o profano. No primeiro, destacam-se os autos de moralidade, em que são oferecidos ensinamentos relacionados à moral cristã. Quanto ao aspecto profano, suas obras enfatizam a sátira, a crítica social e refletem as marcas de seu tempo.
     A obra vicentina completa contém 44 peças (17 escritas em português, 11 em castelhano e 16 bilíngües).  Em ordem cronológica, vejamos as principais:
_ Monólogo do vaqueiro (ou Auto da Visitação) (1502);
_ Milagre de São Martinho (1504);
_ Auto da Índia (1509);
_ Écloga dos Reis Magos (1510);
_ Farsa O Velho da Horta (1512);
_ Moralidade da Sibila Cassandra (1514);
_ Farsa Quem tem farelos? (1515);
_ Auto de Mofina Mendes (151);
_ Primeiro Auto da Moralidade das Barcas (1517);
_ Moralidade da Alma (1518);
_ Segundo Auto da Moralidade das Barcas (1518);
_ Terceiro Auto da Moralidade das Barcas (1519);
_ Auto da Fama (1520);
_ Comédia de Rubena (1521);
_ Farsa de Inês Pereira (1522);
_ Comédia de Amadis de Gaula (1523).

A linguagem de Gil Vicente

      Gil Vicente emprega, em geral, a língua do povo, a língua de transição entre a arcaica e a clássica. Nas comédias, há passagens humorísticas e poéticas. Observa-se o uso freqüente de frases familiares, vocábulos populares como: guiolho, increu, somana, etc. No entanto, o vocabulário é rico e apropriado. As palavras pronunciadas por um clérigo ou um fidalgo não são as mesmas de um criado ou de uma feiticeira.
     Quanto à morfologia, observa-se na obra vicentina:
_ uso da primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ser é som;
_ emprego de formas verbais como: arco (ardo), creçudo (crescido), ouvo (ouço), sodes (sois), etc;
_ palavras, atualmente masculinas, empregadas no feminino: a planeta, a clima, etc.

Oportunidade

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