sexta-feira, 10 de maio de 2013

JOSÉ BENTO MONTEIRO LOBATO


José Bento Monteiro Lobato 

    Contista, ensaísta e tradutor, o maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, nasceu em Taubaté, Estado de São Paulo, em 18 de abril de 1882 e faleceu em São Paulo, 4 de julho de 1948.
Filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e de dona Olímpia Augusta Monteiro Lobato, ele foi, além de inventor e maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, um dos personagens mais interessantes da história recente desse país.
    Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.  
    Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.  
    Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras. 
    Nos anos seguintes, Lobato publicou seus primeiros livros: "Urupês", "Cidades Mortas" e "Negrinha". Segundo Marisa Lajolo, Lobato nestes livros traz o melhor de sua literatura, principalmente em "Urupês'' e "Negrinha'', nos quais, segundo ela, "comparecem os diferentes brasis que até hoje, sob diferentes formas, assombram as esquinas da nossa história. Os contos contam do trabalho do menor, do parasitismo da burocracia, da violência contra negros, imigrantes e mulheres, da empáfia dos que mandam, do crescimento desordenado das cidades, da degradação progressiva da vida interiorana; enfim, os contos contam do preço alto do surto de modernidade autofágica que desemboca na crise de 30."
    Os dois livros mostram a "aguda sintonia de Lobato com um tempo que reclamava novas linguagens" e marcam a vigorosa entrada no mundo literário brasileiro de um grande escritor que, segundo ele mesmo disse, "talento não pede passagem, impõe-se ao mundo".

    Logo depois ao glorioso início da carreira literária, Lobato viajou para os Estados Unidos, voltando somente em 1931. Lá enfrentou sérios problemas. Seu livro "O Presidente Negro e o Choque de Raças" —uma história que narra a vitória de um candidato negro à Presidência dos EUA— não foi muito aceito e acabou por custar-lhe grandes desgostos, mas aqui, sempre foi um ardoroso defensor daquele país, chegando a afirmar, em carta enviada a Érico Veríssimo, que considerava os "Estados Unidos como uma dessas famosas composições musicais que são impostas a todos os grandes executantes a fim de tirar a prova dos noves fora do seu valor real, a rapsódia húngara de Lizt (sic), certas fugas de Bach".
    Nessa mesma carta, ao comentar o novo livro de Érico, Lobato afirmou: "Escrever bem é mijar. É deixar que o pensamento flua com o à vontade da mijada feliz."
     A obra lobatiana é composta por 30 volumes. Tem um lugar indisputável na literatura brasileira como o Andersen brasileiro, autor dos primeiros livros brasileiros para crianças, e também como revelador de Jeca Tatu, o homem do interior brasileiro.
    Apesar de ter sido, em muitos pontos, o precursor do Modernismo, a ele nunca aderiu. Ficou conhecida a sua querela com modernistas por causa do artigo "A propósito da exposição Malfatti". Ali critica a mostra de pintura moderna da artista, que caracterizava de não nacional.
    Monteiro Lobato morreu, vitimado por um derrame, às 4 horas da madrugada do dia 4 de julho de 1948, deixando um legado de personagens que ficarão para sempre impregnados nas retinas de todos aqueles que tiveram e que terão contato com as histórias do Jeca Tatu, do Saci, da Cuca, da boneca Emília, do Visconde de Sabugosa, da Narizinho, do Pedrinho, da Tia Nastácia, da Dona Benta, entre outros tantos que habitam as obras deste que foi conhecido como "O Furacão da Botocúndia".




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Envie seu comentário sobre esta postagem...

Oportunidade

Adsense