Com a independência econômica do Brasil, a burguesia portuguesa, que
enriquecia com as exportações protegidas pro baixas taxas alfandegárias,
passa a enfrentar uma grave crise. Tentando retomar esse processo de
enriquecimento, a burguesia volta-se contra os bens remanescentes da
nobreza e do clero feudais, criando leis que lhe permitiam ter acesso a
extensões de terra na zona rural. Apesar disso, a burguesia vê-se em
dificuldades em relação à venda dos bens produzidos, visto que a grande
massa de camponeses não pode adquirir nada, vivendo em extrema pobreza.
Não existia ainda, em Portugal, o proletariado industrial.
O poder dividia-se em dois partidos: o dos proprietários rurais,
desejosos de medidas protecionistas que barateassem o crédito, e o da
pequena burguesia industrial, voltada para os centros urbanos, onde se
inicia um pequeno surto fabril.
Origem e fases do Romantismo Português
O Romantismo foi introduzido em Portugal por Almeida Garret, com a
publicação, em 1825, do poema Camões, obra que, apesar de não
representar fielmente os ideais românticos, traz consigo algumas
características deste movimento literário.
O movimento romântico teve uma duração de quarenta anos. Didaticamente,
costuma-se dividi-lo em três fase:
a) 1ª fase (de 1825 a 1838): momento, ainda, em que atuam os valores
neoclássicos. São representantes dessa fase Almeida Garret, Alexandre
Herculano e Antônio Feliciano de Castilho.
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