quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

FEBRE TIFÓIDE

     É doença endêmica estando sua presença relacionada com águas não tratadas e más condições de higiene. 

Agente causador 
     A doença é causada pela bactéria salmonella typhi, também conhecida como bacilo de Eberth, nome de seu descobridor. Uma vez no organismo, a bactéria instala-se no intestino, causando do tecido linfóide, placas de Peyer da mucosa intestinal. Em conseqüência, a mucosa é destruída, formam-se ulceras e há hemorragias. A bactéria, sendo destruída no tecido linfóide, libera uma toxina que, entre outros efeitos impregna partes do cérebro produzindo esturpor (typhus). 

Transmissão 
     A transmissão de febre tifóide pode ser feita de forma direta e indireta. A forma direta diz aos respeito aos casos em que um indivíduo são recebe a bactéria de um doente. A forma indireta esta ligada a atividades em que o individuo são se infecta por objetos, água ou alimentos manipulados por portadores. Esses indivíduos geralmente são imunes ou convalescentes e possuem a bactéria. Ao elimina-las, contaminam alimentos, como o leite, verduras e frutas, os quais, sendo ingeridos por pessoas sadias, transmitir-lhe-ão a doença. As moscas domésticas também estão relacionadas com a transmissão da doença. 

Quadro clínico 
     O período de incubação é geralmente assintomático e dura, em média, cerca de quinze dias. Segue-se o período invasivo, onde surgem sintomas como fraqueza, dor de cabeça, astenia e náuseas. A febre acompanha esses sintomas, tornando-se alta por volta do quinto dia. O período seguinte, chamado período de estado, caracteriza-se por febre, thyphus (topor), diarréia líquida e aumento do tamanho do baço. O último período é o de defervescência, onde, se a evolução for favorável, os sintomas podem regredir. Há, no entanto, casos em que surgem complicações graves como hemorragias e perfuração intestinal. 

Profilaxia 
     A profilaxia pode ser dividida em medidas preventiva e medidas profiláticas gerais. As medidas preventivas compreendem: proteção, purificação e cloração da água, combate às moscas, remoção adequada das fezes humanas, desinfecção destas com formol, fervura e pasteurização do leite, fiscalização de produção e distribuição de alimentos e vacinação das pessoas sujeitas a risco de contágio. 
     As medidas profiláticas gerais compreendem a notificação dos casos à autoridades sanitária local e isolamento dos casos de doenças. e. Importância As epidemias de febre tifóide instalam-se em comunidades onde é precário o saneamento básico e a água de abastecimento público não é convenientemente protegida e tratada. No município paulista de Itatiaia, em 1954, devido à contaminação da água de abastecimento público, ocorreu uma grave epidemia de febre tifóide. Nessa ocasião foram registrados 909 casos de febre tifóide em uma população de 18.000 habitantes. Dados fornecidos pela Divisão Nacional de Epidemiologia/SNABS/ Ministério da Saúde relatam, no Brasil, a ocorrência de 2.708 casos de febre tifóide durante o ano de 1982 (até setembro). 


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