É doença endêmica estando sua presença relacionada com águas não tratadas e más condições de higiene.
Agente causador
A doença é causada pela bactéria salmonella
typhi, também conhecida como bacilo de Eberth, nome de
seu descobridor. Uma vez no organismo, a bactéria instala-se
no intestino, causando do tecido linfóide, placas de Peyer
da mucosa intestinal. Em conseqüência, a mucosa é
destruída, formam-se ulceras e há hemorragias. A
bactéria, sendo destruída no tecido linfóide,
libera uma toxina que, entre outros efeitos impregna partes do
cérebro produzindo esturpor (typhus).
Transmissão
A transmissão de febre tifóide pode ser feita de forma
direta e indireta.
A
forma direta diz aos respeito aos casos em que um indivíduo
são recebe a bactéria de um doente. A forma indireta
esta ligada a atividades em que o individuo são se infecta por
objetos, água ou alimentos manipulados por portadores. Esses
indivíduos geralmente são imunes ou convalescentes e
possuem a bactéria. Ao elimina-las, contaminam alimentos, como
o leite, verduras e frutas, os quais, sendo ingeridos por pessoas
sadias, transmitir-lhe-ão a doença.
As
moscas domésticas também estão relacionadas com
a transmissão da doença.
Quadro
clínico
O
período de incubação é geralmente
assintomático e dura, em média, cerca de quinze dias.
Segue-se o período invasivo, onde surgem sintomas como
fraqueza, dor de cabeça, astenia e náuseas. A febre
acompanha esses sintomas, tornando-se alta por volta do quinto dia.
O
período seguinte, chamado período de estado,
caracteriza-se por febre, thyphus (topor), diarréia
líquida e aumento do tamanho do baço.
O
último período é o de defervescência,
onde, se a evolução for favorável, os sintomas
podem regredir. Há, no entanto, casos em que surgem
complicações graves como hemorragias e perfuração
intestinal.
Profilaxia
A
profilaxia pode ser dividida em medidas preventiva e medidas
profiláticas gerais.
As
medidas preventivas compreendem: proteção, purificação
e cloração da água, combate às moscas,
remoção adequada das fezes humanas, desinfecção
destas com formol, fervura e pasteurização do leite,
fiscalização de produção e distribuição
de alimentos e vacinação das pessoas sujeitas a risco
de contágio.
As
medidas profiláticas gerais compreendem a notificação
dos casos à autoridades sanitária local e isolamento
dos casos de doenças.
e. Importância
As
epidemias de febre tifóide instalam-se em comunidades onde é
precário o saneamento básico e a água de
abastecimento público não é convenientemente
protegida e tratada. No município paulista de Itatiaia, em
1954, devido à contaminação da água de
abastecimento público, ocorreu uma grave epidemia de febre
tifóide. Nessa ocasião foram registrados 909 casos de
febre tifóide em uma população de 18.000
habitantes.
Dados
fornecidos pela Divisão Nacional de Epidemiologia/SNABS/
Ministério da Saúde relatam, no Brasil, a ocorrência
de 2.708 casos de febre tifóide durante o ano de 1982 (até
setembro).
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