quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ESTADOS UNIDOS

RELEVO

    Seis unidades geomorfológicas caracterizam, de leste para oeste, o relevo do território americano:
1.    Planície litoral atlântica ou planície atlântica
2.    Montes Apalaches
3.    grande planície central ou planícies do interior
4.    montanhas Rochosas
5.    planaltos intermontanos
6.    cordilheira costeira ou sistema montanhoso do Pacífico.

1 - Planície litoral atlântica. Compreende todo o litoral atlântico do país, do cabo Cod, ao norte, até a fronteira com o México, alargando-se à medida que avança para o sul. Recebe os sedimentos procedentes dos montes Apalaches, e suas altitudes máximas, em regra, não ultrapassam 200 m. Colinas e cristas bordejam o litoral dos estados do Texas, Mississipi e Alabama. Verifica-se a ocorrência de outros trechos acidentados na Flórida central e na maioria dos estados do sudeste. Há  pântanos e lagoas em pontos diversos do litoral da Virgínia, Carolina do Norte, Flórida e Louisiana. A essa região pertencem também as ilhas de Nantucket, Martha's Vineyard e Long Island.

2 - Montes Apalaches.
A cadeia de montanhas dos Apalaches, que se estende por 2.500 km entre a fronteira canadense e o estado sulista do Alabama, é composta de planaltos e montanhas baixas. Cortada pelo rio Hudson (leste), tem seu ponto culminante no monte Mitchell (2.037 m), na região das montanhas Azuis (Blue Ridge), a sudoeste, na área montanhosa central.

3 - Planícies do interior
. Compreendem as grandes áreas situadas entre as vertentes ocidentais dos Apalaches e as vertentes orientais das montanhas Rochosas. São áreas planas, embora o oeste do Mississipi-Missouri gradualmente ganham altitude ao se aproximarem do sopé das montanhas Rochosas. São subdivididas em planícies centrais a leste e grandes planícies a oeste. Em sua parte setentrional subsistem vestígios de glaciações quaternárias, como os grandes lagos. Ao sul, a costa do golfo do México e o baixo vale do Mississipi são planas e pouco acima do nível do mar.

4 - Montanhas Rochosas.
A cordilheira das Rochosas atinge uma extensão superior a dois mil quilômetros, sendo a maior barreira natural entre os oceanos Pacífico e Atlântico. A partir da fronteira com o Canadá cobre os estados de Montana, Idaho, Wyoming, Colorado, Utah e o norte do Novo México. Divide-se em duas áreas, Rochosas do Norte e Rochosas do Sul, separadas pela bacia do rio Wyoming. Mais de 350 picos das Rochosas do Sul superam quatro mil metros de altitude.

5 - Planaltos intermontanos.
Situados entre as montanhas Rochosas, a leste, e a serra Nevada e a cadeia das Cascatas, a oeste, os planaltos intermontanos compreendem três subdivisões. Planalto de Colúmbia inclui a região leste do estado de Washington e Oregon e a porção sul de Idaho. A Grande Bacia, que abrange a maior parte de Nevada, sul da Califórnia, oeste de Utah e sul do Arizona, Novo México e Texas, é uma região desértica e plana, pontilhada de montanhas verdejantes e ricos oásis. O planalto do Colorado ocupa as áreas central e sul de Utah, oeste de Colorado, norte do Arizona e noroeste do Novo México. Os rios descem das montanhas Rochosas e correm para sudoeste, formando profundos cânions, como o famoso Grande Canyon, no norte do Arizona.

6 - Sistema montanhoso do Pacífico. A sexta unidade geomorfológica, o sistema montanhoso do Pacífico, estende-se ao longo da costa do Pacífico, do Canadá ao México, e inclui a serra Nevada, a cadeia das Cascatas, Klamath e da Costa. Na serra Nevada situa-se o ponto culminante dos Estados Unidos, o monte Whitney, com 4.418 m de altitude. Puget Sound e a baía de São Francisco, dois dos melhores pontos naturais do país, são formados pelos contrafortes da cadeia da Costa.

HIDROGRAFIA

    Alguns dos maiores rios e lagos do mundo estão nos Estados Unidos, cujas águas fluviais distribuem-se por duas grandes vertentes, a atlântica e a pacífica. No Pacífico desembocam dois extensos rios, o Colúmbia e o Colorado. Ambos fazem a maior parte de seu longo percurso em profundas e sinuosas gargantas, os cânions, que cortam montanhas e planaltos.
    A vertente atlântica compreende três quartos do território americano. A configuração dos montes Apalaches faz com que os rios da face oriental sejam curtos e caudalosos, muitos deles navegáveis. Um canal artificial liga o rio Hudson aos grandes lagos (Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontario) que, unidos entre si e comunicando-se com o mar pelo estuário do rio São Lourenço, constitui a maior concentração de água doce da Terra. Também merecem menção o Grande Lago Salgado (Utah) e o Champlain, entre Nova York e Vermont.
    A bacia Mississipi-Missouri, principal sistema hidrográfico do país, estende-se por vasta área - 3.221.000 km2 - entre os Apalaches a leste e as Rochosas a oeste. Os afluentes principais são, pela margem ocidental, o Arkansas e o Vermelho; pela margem oriental, o Tennessee e o Ohio.
    O rio Grande do Norte ou Bravo nasce nas Rochosas e, durante a maior parte de seu percurso, constitui a fronteira natural entre o México e os Estados Unidos, at‚ desembocar no golfo do México.



CLIMA

    Do ponto de vista climatológico, o território do país divide-se em duas partes, delimitadas por uma linha, de norte a sul, um pouco a oeste da cidade de Dallas (meridiano de 100º). A metade leste é chuvosa, o que lhe assegura densa cobertura vegetal, e na metade oeste a presença de grandes relevos montanhosos e outros fatores físicos determina uma maior diversidade climática, embora a região seja caracteristicamente  árida.
    A metade leste dos Estados Unidos compreende as planícies do interior, os montes Apalaches e a planície litoral atlântica. Os Apalaches, devido a suas altitudes medianas, não constituem obstáculos às secas correntes de ar polares, que sopram na direção sul durante o inverno, e às massas de ar úmido que, durante o verão, originam-se no golfo do México e tomam o rumo norte, o que representa chuvas freqüentes no estio e escassas no inverno.
    No litoral do Atlântico, o clima não é amenizado pela presença do oceano, pois os ventos dominantes provêm do interior e as correntes marinhas não favorecem o efeito regulador térmico das águas, como ocorre na costa atlântica da Europa, banhada pela benéfica corrente do golfo, a Gulf Stream. Assim, situada na mesma latitude das cidades do Porto e de Lisboa (Portugal), Nova York e Washington possuem clima muito diferente, com verões mais úmidos e quentes, e invernos rigorosos, inclusive com nevadas, fenômenos desconhecidos no litoral português. A região sul da península da Flórida possui clima tropical, com média de 20º C no inverno. A zona costeira do golfo do México tem invernos suaves, embora mais rigorosos do que sua latitude poderia indicar.
    A oeste do meridiano de 100º, os Estados Unidos apresentam condições climáticas muito diversas, impostas pelo relevo e pela latitude. A estreita faixa costeira entre a cadeia das Cascatas e o Pacífico goza de clima oceânico regular, com chuvas no norte. As temperaturas aumentam à medida que se toma o rumo sul pela costa. As chuvas, mais escassas, ocorrem somente no inverno, configurando um clima mediterrâneo atenuado na costa da Califórnia.
    A cadeia das Cascatas e a serra Nevada formam uma barreira eficaz contra os ventos úmidos do oceano, e por isso o clima dos planaltos atrás dela torna-se mais quente e árido à medida que se aproxima do sul. Nas partes mais elevadas das montanhas Rochosas ocorrem chuvas mais intensas. A leste do divisor de águas, as chuvas são escassas na planície.


FLORA E FAUNA


    A ampla diversidade de espécie vegetais e animais dos Estados Unidos praticamente abrange todas as existentes nas áreas árticas e temperadas da América do Norte.
    O país divide-se em quatro regiões florísticas, relacionadas com as características climáticas:
1 – a floresta
2 – a pradaria (prairie) ou grassland
3 – a estepe ou tundra alpina
4 – o deserto.

    A região leste dos Estados Unidos era coberta, antes da colonização européia, por bosques e pradarias. Em termos gerais, a leste do Mississipi, a maior parte do território é coberta de densas florestas temperadas, de espécies caducifólias, com exceção das zonas mais frias, onde predominam as coníferas (pinheiros, entre outras). Do cabo Hatteras ao curso inferior do Mississipi, a vegetação mais abundante são as espécies autóctones de coníferas. No extremo sul da Flórida, o litoral é coberto de mangues.

     No rumo leste para oeste, o clima torna-se mais seco e da floresta passa-se para a pradaria e desta para a tundra. Os desertos mais secos localizam-se nas depressões intermontanas. A oeste do Mississipi estendem-se as pradarias, dotas de espessa cobertura herbácea. Esses territórios, de solos ricos e abundantes chuvas de verão, eram ocupados, antes da chegada dos europeus, por grandes manadas de bisões, e hoje são um dos celeiros mundiais de grãos.
    A região noroeste dos Estados Unidos é coberta de bosques, principalmente de coníferas, destacando-se o abeto. No norte da Califórnia, sobressaem as sequóias, que estão entre as maiores e mais longevas árvores do mundo. No sul da Califórnia a vegetação torna-se mais escassa e chega a inexistir em algumas áreas desérticas, como o vale da Morte.
    Nos grandes planaltos centrais, a cobertura vegetal oscila entre a tundra, nas áreas mais favorecidas, e o deserto, nas zonas mais secas e quentes. Nas zonas elevadas das montanhas Rochosas crescem bosques e prados de altitude.
    Em virtude da extensão territorial e dos diferentes ecossistemas, o território americano é povoado por variada fauna, apesar da ação predatória do homem, a qual, nos últimos séculos, determinou uma drástica diminuição do número de espécies de animais. O oeste do país possui fauna mais rica do que o leste, mais homogêneo do ponto de vista biogeográfico. Diversas espécies animais, como o bisão, sobreviveram à caça indiscriminada exclusivamente por causa da proteção do governo, que os preserva em zoológicos e reservas naturais.
    Destacam-se como animais nacionais característicos o urso pardo, o lobo, o coiote, a raposa, várias espécies de cervídeos, esquilos e outros roedores. Também é grande a riqueza ornitológica do país, tanto em aves de rapina (águias, falcões) quanto em pássaros. Os répteis estão representados em diversas espécies de serpentes, lagartos, tartarugas e crocodilos (estes na Flórida).
    Na zona ártica do Alasca vivem ursos polares, alces, renas, certas variedades de raposas e espécimes do boi almiscarado, todos sob proteção estatal. Na região do Pacífico encontra-se a única família de aves características dos Estados Unidos, que e uma variedade de curruíra (Chamaeidae).

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