quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ALMEIDA GARRET

     JOÃO BATISTA DA SILVA LEITÃO DE ALMEIDA GARRET (Porto-Portugal, 1799 – Lisboa-Portugal, 1854) Em 1822, com a vitória dos liberais, Portugal adota a forma constitucional de governo. Mas, no ano seguinte, com um golpe de Estado – a Vilafrancada – a Constituição é abolida e Almeida Garrett é, então, exilado. Vai para a Inglaterra e depois para a França. As suas convicções liberais e constitucionalistas são reforçadas. Nesses países, entra em contato com líderes do movimento romântico e escreve Camões (1825) e Dona Branca (1826). A publicação do poema Camões, em Paris, como vimos anteriormente, assinala o início do Romantismo em Portugal. 
     Segundo Fidelino de Figueiredo, a carreira literária de Garrett, como lírico, abrange três épocas distintas: 
_ a anterior ao exílio;
_ a fase da renovação romântica; 
_ a fase da plena maturidade artística. 
     Garrett é, indiscutivelmente, uma das mais notáveis figuras do Romantismo português. Poeta, dramaturgo, romancista e orador, deixou-nos uma vasta obra, na qual se revela o mais delicado nacionalismo. Garrett nunca se libertou totalmente das normas neoclássicas. Fazem parte de sua primeira fase literária: O Retrato de Vênus (1821), Lírica de João Mínimo (1829), Odes Anacreônticas e as tragédias.
     Na fase seguinte, Garrett dedica-se ao teatro e escreve: Um Auto de Gil Vicente (1838), Dona Felipa de Vilhena (1840), O Alfagema de Santarém – representado e publicado em 1842 – e o drama Frei Luís de Souza, considerado a obra-prima do teatro português, representado e publicado em 1843. 
     Garret deixa-nos ainda Romanceiro, Folhas Caídas e Flores sem Fruto. Em prosa, escreveu Viagens na Minha Terra e O Arco de Sant'Anna. Folhas Caídas: é uma coletânea onde se encontra o melhor da lírica de Garrett. Há leitores que estabelecem nexos entre os poemas de confidência com episódios e personagens da vida real. A ligação do poeta com Rosa Montufar, Viscondessa da Luz, foi muito comentada. A leitura de Folhas Caídas e Flores sem Fruto causou profunda impressão em Fernando Pessoa (poeta modernista português).

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