JOÃO BATISTA DA SILVA LEITÃO DE ALMEIDA GARRET
(Porto-Portugal, 1799 – Lisboa-Portugal, 1854)
Em 1822, com a vitória dos liberais, Portugal adota a forma
constitucional de governo. Mas, no ano seguinte, com um golpe de Estado –
a Vilafrancada – a Constituição é abolida e Almeida Garrett é, então,
exilado. Vai para a Inglaterra e depois para a França. As suas
convicções liberais e constitucionalistas são reforçadas. Nesses países,
entra em contato com líderes do movimento romântico e escreve Camões
(1825) e Dona Branca (1826).
A publicação do poema Camões, em Paris, como vimos anteriormente,
assinala o início do Romantismo em Portugal.
Segundo Fidelino de Figueiredo, a carreira literária de Garrett, como
lírico, abrange três épocas distintas:
_ a anterior ao exílio;
_ a fase da renovação romântica;
_ a fase da plena maturidade artística.
Garrett é, indiscutivelmente, uma das mais notáveis figuras do
Romantismo português. Poeta, dramaturgo, romancista e orador, deixou-nos
uma vasta obra, na qual se revela o mais delicado nacionalismo.
Garrett nunca se libertou totalmente das normas neoclássicas. Fazem
parte de sua primeira fase literária: O Retrato de Vênus (1821), Lírica
de João Mínimo (1829), Odes Anacreônticas e as tragédias.
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