DROGAR-SE PELA INTERNET
Um clique e você se droga através da Web. Uma viagem astral
custa US$ 3,95 e um pacote com 30 faixas pode sair por US$ 59,45. Com esse
pacote é possível sentir a sensação proporcionada por drogas como maconha,
crack, heroína, álcool, cocaína e ecstasy. Se drogar pela internet já é
possível.
O repórter Álvaro Borba investigou e descobriu um site nos Estados
Unidos – I-Doser Labs – onde o internauta se droga através de um programa. Um
fone de ouvido, um cartão de crédito e um computador com acesso à internet. Com
esses três itens é possível sentir a sensação proporcionada por drogas como
maconha, crack, heroína, álcool, cocaína e ecstasy.
Quem garante é o I-Doser
Labs, fabricante de um programa de computador que se propõe a drogar o usuário
sem causar dependência ou problemas com a lei. Segundo o fabricante, o programa
emite batidas sonoras que estimulam o cérebro, induzindo as ondas cerebrais a
atingirem uma determinada freqüência que é capaz de gerar o resultado desejado,
simulando o efeito de drogas conhecidas.
O I-Doser Labs diz que esta nova
maneira de estimular o cérebro é segura. A única ressalva feita pelo fabricante
é a de que quem estiver sob o efeito de uma das drogas auditivas não deve
dirigir nem operar máquinas industriais. “Use com a mesma responsabilidade que
você usaria uma droga prescrita por um médico”, diz o site da empresa. Embora o
fabricante garanta a segurança desse método inovador de se drogar, há várias
perguntas sem resposta sobre o I-Doser. Por exemplo: qual o tempo de duração
dos efeitos proporcionados por uma das doses de droga virtual?
O site da
empresa tenta responder essa questão, “Fizemos muitas pesquisas sobre isso para
tentar dar aos usuários uma resposta sólida, mas a verdade é que o tempo de
duração varia. Aparentemente isso depende da rapidez com que as pessoas retomam
sua atividade cerebral normal”. Ciber Crimes acionará Interpol ou FBI Documento
Reservado procurou as autoridades brasileiras para saber por quantas andam o
I-Doser no País.
“Qualquer site de conteúdo criminoso, o Núcleo sugere bloqueio de acesso
ao endereço”, informa o delegado Demetrius Gonzaga de Oliveira, do Núcleo de
Crimes na Internet (Ciber Crimes), da Polícia Civil do Paraná. Segundo ele, a
legislação brasileira difere dos demais países nos casos de crimes pela
Internet, citando como exemplo, o caso You Tube e a modelo Daniela Cicareli,
que conseguiu, na Justiça o bloqueio do YouTube no Brasil.
No caso do I-Doser,
o delegado fez investigação sobre a procedência do site e descobriu, além do IP
(registro da máquina – computador), longitude e latitude, o endereço do
proprietário, Nick Ashton, que vive na cidade de Brea, na Califórnia (EUA).
Demetrius contou, ainda, que a empresa de Ashton, a New Dream Network (Novo
Sonho na Rede Mundial), foi registrada em 27 de janeiro de 2003, e atualizada
em 31 de janeiro de 2007. Portanto, em funcionamento há cinco anos. Ele disse
que deve entrar em contato com organismos internacionais, como a Interpol e o
FBI, por exemplo, para saber como a justiça americana entende o I-Doser.
“Pode
ser que alguns sinais interfiram, realmente, nas ondas cerebrais. Precisamos
fazer um levantamento sobre essa tecnologia e como ela age no cérebro humano”,
assegura Demétrius, adiantando que é provável que o sistema seja usado nos
Estados Unidos como medida para tratar usuários de drogas. “Tudo é possível.
Mas, precisamos da certeza, antes de tomarmos qualquer atitude”, completa.
http://www.documentoreservado.com.br/impresso.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Envie seu comentário sobre esta postagem...