CAMILO CASTELO BRANCO
(Lisboa-Portugal, 1825 – S. Miguel de Seide – Portugual, 1890)
Órfão de pai e ma, recebe os primeiros ensinamentos do padre Azevedo,
seu tio. Freqüenta a Escola Médica e a Academia Politécnica do Porto.
Temperamento atribulado, perde anos de estudos em Coimbra e alista-se
entre os guerrilheiros miguelistas da rebelião conhecida por Maria da
Fonte.
Dedica-se à literatura, tornando-se um novelista genial e o mais
fecundo escritor português.
A biografia de Camilo ajuda na explicação de
muitos pontos fundamentais de sua obra. A bastardia, a orfandade, a
sedução, o abandono da mulher seduzida, o conflito dos apaixonados com
os preconceitos sociais, o casamento por conveniência, o
anticlericalismo são alguns dos temas da obra camiliana. A biografia
explica, ainda, a geografia da novela de Camilo: O Minho, a região oeste
de Trás-os-Montes, o Porto e seus arredores.
Sua obra é vastíssima merecendo destaque: Amor de Perdição. Segundo
Unamuno, esta obra é “a novela de paixão amorosa mais intensa e profunda
que se tenha escrito na Península”. Foi escrita em quinze dias, durante
o tempo em que o escritor esteve preso na cadeia da Relação do Porto,
por crime de adultério. Outra novela passional: Carlota Ângela.
Camilo tende também para a novela de terror: Mistérios de Lisboa, Livro
Negro do Pe. Dinis. Entre as muitas outras obras que Camilo nos deixou
destacam-se: A Doida do Candal, A Filha do Arcedíago, Memórias do
Cárcere, O Bem e o Mal, Novelas do Minho, Romance dum Homem Rico (para
citar apenas alguns). A trilogia camiliana, publicada em 1856, é formada
pelos livros: Um Homem de Brios, Memórias de Guilherme do Amaral e Onde
está a Felicidade?.
Sendo contemporâneo do movimento libertador do
Brasil revela em seus escritos a revolta de Portugal contra o nosso
país.
No final de sua carreira literária, as obras apresentam características
que revelam uma tendência para o Realismo. Escreve, então, Eusébio
Macário, A Corja, A Brasileira de Prazins, Os Brilhantes do Brasileiro.
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