Gênero Lírico
A poesia lírica nem sempre teve o mesmo sentido. Entre os gregos, essa composição poética era cantada e acompanhada pela lira (um dos instrumento s musicais mais antigos, muito estimada pelos gregos, tornou-se emblema de Apolo e dos poetas em geral), daí o seu nome. Posteriormente, a expressão poesia lírica generalizou-se e passou a ser toda a composição poética em que predominava o subjetivismo, que refletia o mundo interior do artista: os seus sentimentos e emoções, como o amor, a saudade, a tristeza, a melancolia, etc.
O gênero lírico apresenta-se, de modo especial, em versos (soneto, ode, elegia, balada, madrigal, sátira, epitalâmio, etc).
_ Ode: tem sua origem na poesia clássica grega. É uma poesia entusiástica, de exaltação.
_ hino: ligada à estrutura da ode, é uma poesia de louvor à pátria ou às divindades.
_ elegia: poema lírico de tom quase sempre terno e triste.
_ madrigal: constitui um dos gêneros mais importantes da música profana italiana.
_ epitalâmio: canto ou poema nupcial.
Gênero Épico
A palavra epopéia vem do grego épos (verso) + poieô (faço). Constitui um dos grandes e mais antigos gêneros literários. Trata-se de uma narrativa feita, essencialmente, em versos; é sobretudo um canto, um poema de exaltação. A epopéia narra grandes feitos heróicos. Sua principal característica é ter um narrador que fala dos acontecimentos grandiosos e heróicos da história de um povo. Um dos elementos da epopéia e o “maravilhoso”, isto é, a ação dos deuses se faz presente para a “grandeza e majestade” do poema.
Dentre os poemas épicos destacam-se:
_ Ilíada e Odisséia, de Homero;
_ Eneida, de Virgilio;
_ Paraíso Perdido, de Milton;
_ Orlando Furioso, de Ariosto;
_ Jerusalém Libertada, de Torquato Tasso;
_ Os Lusíadas, de Luís de Camões. No Brasil, as principais epopéias foram: _ Uruguai, de Basílio da Gama;
_ Caramuru, de Santa Rita Durão.
A partir de fins do século XVIII, este gênero começa a desaparecer para da lugar à narrativa em prosa, o romance (gênero oriundo da epopéia, muito utilizado no Romantismo). Gênero Dramático A palavra dramático vem de drama, que em grego significa ação. No gênero dramático não há narrador. Por isso, os textos são próprios para serem encenados.
A partir do momento em que o texto literário é representado no teatro por atores, passa a ser uma arte mista: literatura, coreografia e música conjugam-se. No palco, os atores representam as personagens que ora dialogam, ora monologam. A fala do narrador, neste caso, é substituída pela rubrica. Portanto, o enredo, neste gênero literário, é fundamental. No texto literário, quando encenado, a linguagem verbal combina-se com a não-verbal (gestos, expressões fisionômicas, etc.).
Existem vários tipos de textos pertencentes ao gênero dramático:
_ a tragédia: de origem clássica, seu objetivo principal era inspirar medo e compaixão aos que a assistiam, através da exposição de cenas de grandes feitos de virtude ou de crime, além de desgraças ou infortúnios, castigos e traições. Acreditava-se que, por meio da tragédia, se “purificavam” os sentimentos.
_ a comédia: tem sua origem nas festas em honra ao deus Dionísio; é voltada a provocar riso através de contrastes. Tem por objetivo criticar o comportamento humano através do ridículo;
_ a tragicomédia: mistura das duas anteriores, em que ocorrem acontecimentos tristes, mas o desfecho é feliz;
_ o drama: espécie de modernização da tragicomédia, em que se alternam momentos de alegria e dor;
_ a farsa: representação mais leve, em que se ridicularizam costumes ou elementos da sociedade, apelando para a caricatura;
_ o auto: composição dramática, com argumento geralmente bíblico, burlesco e também alegórico. O auto constitui uma das formas mais populares do antigo teatro português. Os mais notáveis autos pertencem a Gil Vicente.
Gênero Narrativo
Na atualidade, passou-se a chamar de gênero narrativo ao conjunto de obras em que há narrador, personagens e uma seqüência de fatos. É uma variante do gênero épico. Abrange várias modalidades de textos em que aparecem os seguintes elementos:
a) foco narrativo: presença de um elemento que relata a história como participante (narrativa em primeira pessoa). Alguns autores observam, ainda, que o narrador pode ser também onisciente, quando apesar de não participar diretamente da história, conhece até mesmo o pensamento das personagens.
b) enredo: é a seqüência de fatos, podendo seguir a ordem cronológica em que eles ocorrem (sucessão temporal dos fatos), ou a ordem psicológica (sucessão de fatos, segundo as lembranças ou evoluções das personagens, apresentando, muitas vezes, flashbacks ou voltas ao passado).
c) personagens: seres criados pelo autor com características físicas e psicológicas determinadas.
d) tempo e espaço: o momento e o local em que os fatos são narrados e onde se desenrolam.
e) conflito: situação de tensão entre elementos da narrativa.
f) climax: a situação criada pelo narrador vai progressivamente aumentando sua dramaticidade, até que chega a um ponto máximo: o climax.
g) desfecho: momento que sucede o climax, no qual se finaliza a história e cada personagem se encaminha para seu “destino”.
Ao gênero narrativo pertencem as seguintes modalidades de textos:
O Romance
Foi principalmente por influência francesa que em Portugal e no Brasil se passou a dar o nome de romance ao gênero que os escritores portugueses denominavam novela, antes do século XIX. Somente nas literaturas modernas é que o romance alcançou seu pleno desenvolvimento. O romance caracteriza-se por conter:
_ narrativa longa;
_ enredo complexo;
_ um ou vários conflitos das personagens.
São tidos como romances:
_ Dom Casmurro, de Machado de Assis;
_ Canaã, de Graça Aranha;
_ O Ateneu, de Raul Pompéia (e muitos outros).
Conforme o conteúdo, os romances classificam-se em históricos, policiais, regionais, de costumes, etc.
A Novela
A novela diferencia-se do romance não pelo número de páginas, mas pela técnica de composição. A novela nada mais é do que a condensação dos elementos que formam o romance:
_ diálogos breves;
_ sucessão de conflitos, vistos com mais superficialidade do que no romance;
_ o enredo não traz complexidade;
_ o tempo e o espaço estão conjugados dentro da estrutura novelesca;
_ as narrações e as descrições são condensadas, encaminhando-se logo para o desenlace da história; Camilo Castelo Branco foi considerado o criador da novela passional em Portugal; escreveu várias novelas passionais, entre elas: Amor de Perdição, A Doida do Candal, O Regicida.
Gênero Narrativo
Na atualidade, passou-se a chamar de gênero narrativo ao conjunto de obras em que há narrador, personagens e uma seqüência de fatos. É uma variante do gênero épico. Abrange várias modalidades de textos em que aparecem os seguintes elementos:
a) foco narrativo: presença de um elemento que relata a história como participante (narrativa em primeira pessoa). Alguns autores observam, ainda, que o narrador pode ser também onisciente, quando apesar de não participar diretamente da história, conhece até mesmo o pensamento das personagens.
b) enredo: é a seqüência de fatos, podendo seguir a ordem cronológica em que eles ocorrem (sucessão temporal dos fatos), ou a ordem psicológica (sucessão de fatos, segundo as lembranças ou evoluções das personagens, apresentando, muitas vezes, flashbacks ou voltas ao passado).
c) personagens: seres criados pelo autor com características físicas e psicológicas determinadas.
d) tempo e espaço: o momento e o local em que os fatos são narrados e onde se desenrolam.
e) conflito: situação de tensão entre elementos da narrativa.
f) climax: a situação criada pelo narrador vai progressivamente aumentando sua dramaticidade, até que chega a um ponto máximo: o climax.
g) desfecho: momento que sucede o climax, no qual se finaliza a história e cada personagem se encaminha para seu “destino”.
Ao gênero narrativo pertencem as seguintes modalidades de textos:
O Romance
Foi principalmente por influência francesa que em Portugal e no Brasil se passou a dar o nome de romance ao gênero que os escritores portugueses denominavam novela, antes do século XIX. Somente nas literaturas modernas é que o romance alcançou seu pleno desenvolvimento. O romance caracteriza-se por conter:
_ narrativa longa;
_ enredo complexo;
_ um ou vários conflitos das personagens.
São tidos como romances:
_ Dom Casmurro, de Machado de Assis;
_ Canaã, de Graça Aranha;
_ O Ateneu, de Raul Pompéia (e muitos outros).
Conforme o conteúdo, os romances classificam-se em históricos, policiais, regionais, de costumes, etc.
A Novela
A novela diferencia-se do romance não pelo número de páginas, mas pela técnica de composição. A novela nada mais é do que a condensação dos elementos que formam o romance:
_ diálogos breves;
_ sucessão de conflitos, vistos com mais superficialidade do que no romance;
_ o enredo não traz complexidade;
_ o tempo e o espaço estão conjugados dentro da estrutura novelesca;
_ as narrações e as descrições são condensadas, encaminhando-se logo para o desenlace da história; Camilo Castelo Branco foi considerado o criador da novela passional em Portugal; escreveu várias novelas passionais, entre elas: Amor de Perdição, A Doida do Candal, O Regicida.
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