quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O TEATRO ROMÂNTICO

Introdução 
     Além da poesia e da ficção, obras do gênero dramático também foram produzidas no Romantismo. O teatro romântico define-se apoiado na tradição clássica do teatro de Shakespeare, no drama burguês e no teatro tradicional de algumas literaturas. No Romantismo, há o rompimento da lei das três unidades do teatro clássico (tempo, espaço, ação); passa-se do verso à prosa. Com a transformação do teatro clássico, concebe-se um teatro moderno para os problemas humanos, morais, sociais da época. As peças apresentam multiplicidade de circunstâncias e de personagens. Com a vinda da família real para o Brasil (1808) é que nasce rigorosamente o teatro nacional. 
     Gonçalves de Magalhães e o ato João Caetano dos Santos são considerados os introdutores do teatro brasileiro. Gonçalves de Magalhães escreve, em 1838, a primeira peça romântica no Brasil: Antonio José ou o Poeta e a Inquisição. A peça Leonor de Mendonça, em três atos, escrita em prosa por Gonçalves Dias, revela a consciência do drama moderno. José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo são exemplos significativos da missão reformadora do teatro romântico. 
     Em 1855, o teatro brasileiro passa por uma renovação: “os dramalhões e as comédias são substituídos pelos chamados dramas de casaca, teatro da atualidade, de tese social e de análise psicológica, transição para o teatro realista”, conforme diz Soares Amora.

 
Principais Autores do Teatro Românticos 
 
LUÍS CARLOS MARTINS PENA (Rio de Janeiro-RJ, 1815 – Lisboa-Portugal, 1848) Martins Pena estuda comércio e artes, pintura e música. Dedica-se mais tarde, com êxito, ao estudo das línguas européias. Ingressa na carreira diplomática, indo servir junto à legação brasileira em Londres. Com a saúde abalada, tenta voltar para o Brasil, mas falece repentinamente em Lisboa com apenas trinta e três anos. 
     Martins Pena escreve apenas teatro, sua verdadeira paixão, deixando-nos vinte e oito peças; nem todas, porém, impressas durante a vida do autor. É o expoente máximo do teatro romântico brasileiro, o mais importante comediógrafo da época. Deixa várias comédias de costumes. Sua linguagem é simples; utiliza disfarces e caricaturas, retratando a sociedade brasileira dos meados do século XIX. A sua estréia se dá em 1838 com a peça O Juiz de Paz da Roça. Escreve ainda outras peças: A Família e a Festa da Roça (1842); O Judas em Sábado de Aleluia (1846); O Caixeiro da Taverna (1847); Quem Casa Quer Casa (1847); O Noviço (1853).


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