sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

DROGAS PSICOTRÓPICAS

     São substâncias naturais ou sintéticas que agem seletivamente sobre as células nervosas que atuam sobre o sistema nervoso central.

psico = mente e trópica = atração.

Estas substâncias estão divididas em três grupos:

a) Psicolépticas – diminuem a atividade mental, reduzindo o tônus psíquico pela diminuição da vigília, estreitando a faixa do poder intelectual ou deprimindo as tensões emocionais, produzindo relaxamento. Fazem parte desse grupo os hipnóticos como os derivados barbitúricos (gardenal), os neurolépticos (cloropromazina) e os tranquilizantes derivados do benzodiazepínico (valium).

b) Psicodislépticos – possuem ação elevadora do tônus psíquico, estimulando o sistema nervoso central e a vigilância, diminuindo a fadiga momentânea, estimulam o humor. Iminoestibeno (como oinsidon), anfetamínicos (pervitin e ecstasy).

c) Psicodislépticos – desestruturantes da atividade mental, produzem quadros semelhantes a psicose, como delírios, aluncionações, etc. Fazem parte os embriagantes (clorofórmio), os alucionógenos ou despersonalizantes (maconha).


Tipos de Dependência


Dependência Psíquica

     É caracterizada por um desejo de tomar a droga para obter prazer, sentir bem-estar, aliviar um desconforto, e pela supressão não haverá a síndrome de abstinência. Não há alterações químicas orgânicas, como dos neurotransmissores, e assim é possível, com tratamento adequado, que ele deixe o vício, já que o organismo não sofre alterações profundas de adaptações.



Dependência Física

     É caracterizada por distúrbios físicos, às vezes insuportáveis, que levam o usuário a buscar a droga a qualquer custo. Isso ocorre porque os neurotransmissores orgânicos são afetados pela droga, que produz sutis anomalias sobre os mesmos, e pela supressão haverá uma resposta orgânica, pois o organismo ressente a falta desses componentes. O usuário ficará prisioneiro da droga, e mesmo com tratamentos especializados o índice de cura real é muito baixo e a degradação orgânica é muito alta.


Sistema Reprodutor

      É o sistema que sofre os maiores malefícios com o uso de drogas. No sexo masculino, produz espermatogênese, bem como deformidades de espermatozóides, podendo ocorrer ainda redução do tamanho e peso dos testículos.

     Já no sexo feminino, desregula o ciclo menstrual e pode prejudicar o feto durante a gravidez, com mal formação, lábio leporino, fenda no véo palatino, lentidão de reflexos, irritação. Pode provocar aborto, mudanças cromossômicas, bem como produzir sutis anomalias no desenvolvimento de diversos sistemas. Os hormônios sexuais masculinos diminuem consideravelmente,


Principais Drogas

Maconha

     A maconha é uma planta, o cânhamo, cientificamente chamada de Cannabis sativa L.

     É uma planta conhecida há mais de 5.000 anos antes de Cristo. Os chineses, naquela época, utilizavam a planta para extrações de dentes, colocando um macerado da planta sobre o dente afetado até insensibilização e faziam a retirada.

     Devido a variedade de potência das substâncias ativas, são raras as alucinações e alterações de pensamento, porém com doses maiores surgem perturbações da memória, alterações de pensamento e sentimentos de estranheza. Indivíduos mais sensíveis podem manifestar ansiedade, ataques de pânico e precipitar surtos psicóticos.


Haxixe

     É a resina que envolve as inflorescências, em que concentra uma porcentagem muito maior do princípio psicoativo, o tetrahidrocanabinol.

     Hoje, em função dos processos químicos e das culturas inovadoras, a planta desenvolve-se várias vezes ao ano, com aumento gradativo do princípio psicoativo o tetrahidrocanabinol (THC).

    Segundo a Organização Mundial da Saúde, é a droga mais consumida no mundo. Sob efeitos contínuos, o indivíduo pode ser levado a uma deterioração psíquica, chegando à insanidade.

     Em médio e longo prazo, age sobre os pulmões. Dilata os brônquios, em seguida levando à bronquite, asma, faringite. Haverá aumento das células macrófagas dos pulmões, comprometendo o bom funcionamento desses órgãos, levando à bronquite obstrutiva crônica.


Cocaína (Benzoil Metil Edgonina)

    É a droga da euforia. É fumada como pasta básica ou como crack, injetada ou cheirada, incute nos usuários fantasias de força, poder e sedução.

     Seus efeitos estimulantes eram utilizados pelos indígenas dos Andes em rituais religiosos. Permitia aos mensageiros, que percorriam grandes distâncias, suportar a jornada.

     Recentemente, foi utilizado como anestésico local, além de ser agente vasoconstritor. Em função dos efeitos colaterais, foi abandonado em favor dos anestésicos sintéticos. É utilizado somente como droga.

     Absorvida pela mucosa do nariz, provoca destruição dessa parte do organismo, com perfurações e até destruição do septo nasal. Este processo é acompanhado de sangramento, o que serve de evidência do uso. A cartilagem do nariz sofre um processo de erosão. A anorexia é habitual, juntamente com alterações do olfato, da audição, da visão e insônia.

HEROÍNA

O que é?

     A heroína pertence à classe de drogas conhecidas como opiáceos, juntamente com o ópio e a morfina. Ela é obtida a partir da seiva das cápsulas de semente de papoula (ópio cru) e de um posterior beneficiamento químico. Trata-se de uma combinação química de morfina (uma alcalóide do ópio) com ácido acético. A heroína apresenta-se como pó branco ou levemente marrom (ás vezes levemente cinza), ou então como substância marrom-escura.

História

     A heroína comercializada de maneira clandestina raramente é pura e contém, geralmente, as assim chamadas “substâncias adulterantes”.
     Esse derivado do ópio foi primeiramente desenvolvido e patenteado pela firma Bayer, em 1898, com ampla aplicação posterior na linha medicamentosa de anestésicos.

Como é consumida?

     A heroína, como droga, é consumida de três maneiras:

  • Através do fumo, e inalação
  • Por via intravenosa
  • Por via intranasal.

     Quando é injetada, toda a heroína entra imediatamente na corrente sanguínea, provocando impactos imediatos, e, assim, o risco de overdose.

Situação legal

     A heroína é uma droga ilegal, i.e., sua fabricação, posse, distribuição (gratuita) e comércio constituem-se em crime. Não existe qualquer forma legal para sua produção, sua distribuição ou seu uso.

Quais são os efeitos?

     A heroína, como todos os opiáceos, atua fortemente, de maneira anestésica e calmante. Os usuários de heroína costumam relatar sensações de calor acolhedor, bem-estar, euforia e contentamento. Com isso, sensações negativas como dor, medo, preocupações, mau-humor e indisposição são encobertas depois da ingestão ou injeção.
     Porém, depois de surgir uma momentânea e sensível sensação de bem-estar (“flash”), o efeito euforizante diminui rapidamente. As pupilas contraem-se fortemente.
     Uma vez que os opiáceos são anestésicos, a heroína pode diminuir ou eliminar dores físicas, mas também pode resultar em inconsciência. Efeitos colaterais negativos incluem náuseas, vômitos, constipação, coceiras e respiração mais lenta.

Quais são os riscos?
  • O efeito imediato provocado pelo consumo intravenoso pode facilmente causar overdose.
  • Já depois de um consumo regular relativamente curto, a heroína produz dependência física e psíquica.
  • As dependências são muito severas, e para superar a dependência física, muitas vezes há necessidade de se recorrer a outras substâncias (metadona) que simulam no organismo a presença da droga.
  • A heroína é comercializada clandestinamente em vários graus de pureza. Isso envolve um risco adicional de overdose quando o usuário abre um novo volume ou muda de fornecedor.
  • Na interrupção do consumo surgem fortes manifestações da síndrome de abstinência.
  • Riscos agudos se constituem no desmaio (perigo de sufocação pro vômitos), na paralisia respiratória e/ou na overdose, com consequente morte.
  • A heroína disponível advinda do tráfico costuma ser fortemente diluída (15% a 18% de pureza) com substâncias como fermento, giz, pó de café.
  • A dependência de heroína leva frequentemente à total degradação do usuário.
  • O uso compartilhado de seringas no consumo intravenoso oferece risco de contaminação com HIV e hepatite, bem como de infecções bacterianas.
  • Como a heroína é ilegal, a posse de certa quantidade ou a entrega a outra pessoa (mesmo sem ser uma venda) constitui crime com as consequências legais (condenação à pena de prisão).

 LSD

O que é?

     O LSD é uma droga semi-sintética alucinógena ou psicodélica. Trata-se de um líquido, em geral ingerido indiretamente.

História

     O produto foi, em 1943, o resultado de pesquisas realizadas pelo laboratório Hoffman/La Roche com um cogumelo. Inicialmente encontrava aplicação medicinal em psicoterapias.

Como é consumido?

     A forma de consumo é exclusivamente oral (papel, mataborrão ou cubinhos de açúcar embebidos em LSD).

Situação legal

     O LSD é uma droga ilegal, i. e., sua fabricação, posse, distribuição (gratuita) ou comércio constituem-se em crime. Salvo como ingrediente em medicamentos sujeitos à receita médica, não existe qualquer forma para sua produção, sua distribuição ou seu uso.

Quais são os efeitos?

      O LSD produz uma forte alteração percepção visual, acústica e do paladar, culminando em alucinações. O consumo pode gerar uma intensificação do estado do humor, uma euforia e sobrevalorização das próprias capacidades. O espectro de sensações estende-se de fantasias multicolores a imagens de temor e horror. No usuário observa-se uma dilatação das pupilas. Os efeitos começam por volta de 30 minutos depois da ingestão, atingem o pico depois de aproximadamente 2 horas e prolongam-se por cerca de 8 horas.

Quais os riscos?

  • Existe uma grande possibilidade de desenvolvimento de dependência psíquica.
  • Há um risco potencial da ‘má viagem” (bad trip), com sensações que provocam fortes temores e pânico.
  • O estado de humor e as sensações podem resultar em aceitação de riscos incontroláveis.
  • O risco principal são as sensações em estado de êxtase e as reações a elas.
  • O consumo pode levar a estados psicóticos, que eventualmente resultarão em suicídio e superestimação das próprias capacidades.
  • Como o LSD é ilegal, a posse de certa quantidade ou a entrega a outra pessoa (mesmo sem ser uma venda) constitui crime com as consequências legais (condenação à pena de prisão).

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