sábado, 28 de janeiro de 2012

BERNARDO GUIMARÃES, FRANCLIN TÁVORA, MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA

BERNARDO GUIMARÃES (Ouro Preto-MG, 1825 – 1884) 
     Romancista, poeta e jornalista brasileiro. Tomou parte na revolução mineira de 1842. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1852. De volta a seu estado natal, lecionou durante quatro anos no Liceu de Ouro Preto. Em Catalão (Goiás), exerceu a função de juiz municipal. Colaborou em diversos jornais. O interior de Minas Gerais e o de Goiás são fielmente retratados em suas obras, algumas publicadas posteriormente. 
     Deixou-nos poesias: Cantos de Solidão (1852), Poesias (1865), Folhas do Outono (1852), Novas Poesias (1876), e romances: O Ermitão de Muquém (1869), A Garganta do Inferno (1871), O Garimpeiro, O Seminarista (1872), O Índio Afonso (1873), A Escrava Isaura (1875) – o mais popular de seus romances; Rosaura, a Enjeitada (1883); O Bandido do Rio das Mortes (1904) Também, no teatro, deixou-nos a obra: A Voz do Pajé. 

FRANKLIN TÁVORA (Baturité-CE, 1842 – Rio de Janeiro-RJ, 1888) 
     Foi advogado, historiador, jornalista, teatrólogo, contista e romancista. Moveu, de parceria com José Feliciano de Castilho, uma campanha contra José de Alencar, com o apoio de D. Pedro II. Esse desentendimento com o imperador foi motivado pela crítica feita por Alencar à Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães. Em 1876, Franklin Távora pretendia criar uma “literatura do Nordeste”, com o argumento de que nessa região é que se encontravam os elementos capazes de conferir à nossa literatura um caráter nacional. Esse seu manifesto é considerado um dos primeiros documentos do regionalismo brasileiro. Publicou os romances: O Cabeleira (1876), O Matuto (1878), Lourenço (1881). 

MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA (Rio de Janeiro-RJ, 1831 – 1861) 
     Sua única obra, Memórias de um Sargento de Milícias, foi publicada, inicialmente, em folhetins, no suplemento literário Pacotilha, do Jornal Correio Mercantil, entre 1852 e 1853, sob o pseudônimo “Um brasileiro”.
     Depois, a obra foi novamente publicada, sob a forma de livre em dois volumes. Memórias de um Sargento de Milícias é uma obra de transição entre o Romantismo e o Realismo. Não se trata de obra precursora do Realismo, pois não apresenta o embasamento científico-positivista que marca o estilo de época. 
     Entretanto, a obra de Manuel Antonio de Almeida, ambientada no Rio de Janeiro, no início do século XIX, deixa de lado os principais traços românticos, apresentando já uma nova fase da literatura. São algumas de sua características: 
a) ausência de idealização de personagens e apresentação de tipos extraídos das camadas inferiores da população, até então inexplorados literariamente (parteiras, barbeiros, etc.); 
b) anticlericalismo; 
c) presença de heróis mais próximos do real, os quais alternam, em seu comportamento, ações boas e más. Para alguns autores, é nesta obra que surge, pela primeira vez, um anti-herói na literatura brasileira; 
d) maior objetividade; 
e) abordagem renovadora das relações amorosas, sem emoções excessivas, enfatizando a necessidade de sobrevivência como elemento motivador das ações humanas e não o amor, como pregavam os românticos.

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