A entrada de escravos no Brasil data dos primeiros tempos coloniais. Os
portugueses, a princípio, tentaram escravizar os índios, mas estes,
nômades e rebeldes, não se submeteram, fugindo para as matas. Assim, os
conquistadores recorreram à África, em busca de braços para a lavoura.
Os negros eram apanhados em Moçambique, Guiné, Congo, Angola, São Tomé,
principalmente na costa ocidental do continente africano, e
desembarcados na Bahia. Durante quase 400 anos, aqui entraram milhões de
africanos. Havia mais de 50 navios empregados nesse horrendo mercado de
carne humana, mas, depois da Independência, começou a ganhar vulto a
campanha para sua extinção.
José Bonifácio, em 1823, e Feijó, em 1831,
propunham medidas para a alforria dos negros. E de todos os recantos do
País surgiram brados em prol dos escravos. De 1850 em diante, a
propaganda passou a ser feita através de jornais, comícios e por
sociedade, que escondiam os negros fujões.
Em 1831, fora decretada uma
lei nesse sentido, mas só foi confirmada em 1850, graças aos esforços de
Eusébio Queiroz, sob pressão da Inglaterra. A campanha prosseguiu, e, a
28 de setembro de 1871, deu-se mais um passo à frente, com a Lei do
Ventre Livre, que libertava as crianças nascidas dessa data em diante. O
Visconde do Rio Branco foi o autor dessa lei. A 28 de setembro de 1885,
sancionou-se a Lei do Sexagenário, que considerou livres os escravos
com mais de 60 anos, apresentada pelo Conselheiro Cotegipe. Muitas
alforrias eram feitas, também, por testamentos, além do dinheiro
conseguido entre o povo.
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